sábado, 10 de março de 2012

Liturgia Dominical: Evangelho da Semana

III Domingo da Quaresma – “Conversão, a resposta ao amor primeiro!”

Cor Roxa
1ª leitura: Êx 20,1-3.7-8.12-17 
Salmo: Sl 19
2ª leitura: 1Cor 1,22-25
Evangelho: Jo 2,13-25


1ª LEITURA – Leitura do livro do Êxodo

Naqueles dias, 1Deus pronunciou todas estas palavras: 2“Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão.
3Não terás outros deuses além de mim.
7Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará sem castigo quem pronunciar seu nome em vão.
8Lembra-te de santificar o dia de sábado.
12Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dará.
13Não matarás.
14Não cometerás adultério.
15Não furtarás.
16Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
17Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença”.

SALMO DE RESPOSTA

— Senhor, tens palavras de vida eterna.

— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ conforto para a alma!/ O testemunho do Senhor é fiel,/ sabedoria dos humildes. 
— Os preceitos do Senhor são precisos,/ alegria ao coração./ O mandamento do Senhor é brilhante,/ para os olhos é uma luz. 
— É puro o temor do Senhor,/ imutável para sempre./ Os julgamentos do Senhor são corretos/ e justos igualmente. 
— Mais desejáveis do que o ouro são eles,/ do que o ouro refinado./ Suas palavras são mais doces que o mel,/ que o mel que sai dos favos.

2ª LEITURA – Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 22Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; 23nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos.
24Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus.
25Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.

EVANGELHO – Evangelho de Jesus Cristo, segundo João

13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 
14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados.
15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”
17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”.
18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”.
20Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?”
21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo.
22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
23Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome.
24Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos;  25e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.

“Destruí este Templo, e eu o reerguerei em três dias!”

Irmãos e irmãs, neste terceiro Domingo da Quaresma, na Leitura do Livro do Êxodo nós ouvimos o Senhor que disse: “Eu sou o Senhor teu Deus que tirou do Egito, da casa da escravidão. Não terás deuses além de mim. [...] Não te prostarás diante desses deuses, nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus [...] mas uso da misericórdia por mil gerações com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”
O Senhor ainda nos lembra os seus mandamentos: “Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão [...]. Lembra-te de santificar o dia de sábado. [...] Honra teu pai e tua mãe. [...] Não matarás. Não cometerás adultério. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçaras a casa de teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, [...] nem coisa alguma que lhe pertença.”
Irmãos, com o Salmista proclamemos que a Lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para as nossas almas; pois Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. Os mandamentos do Senhor são precisos, dão alegria aos nossos corações. O mandamento do Senhor é mais brilhante que o sol, é uma luz que ilumina nossos passos, pelas estradas da vida. Os julgamentos do Senhor são igualmente corretos e justos: são mais desejáveis do que o ouro refinado; suas palavras são mais doces que o mel, porque nos dão vida plena.
Irmãos e irmãs, na leitura da Carta aos Coríntios, o Apóstolo Paulo nos ensinou que os judeus podem milagres, os gregos procuram sabedoria, mas para nós o que importa é Cristo crucificado, que é escândolo para os judeus e insensatez para os pagãos. Para os que são chamados, Jesus é poder milagroso de Deus e verdadeira sabedoria divina. A insensatez divina é mais sábia do que a “sabedoria” humana: a “fraqueza” divina é mais forte do que a “força” humana.
Irmãos, no Evangelho segundo João, ouvimos que Jesus encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam sentados no Templo. Ele os expulsou a todos, dizendo: “Não façais da casa de meu pai uma casa de comércio!” Os judeus lhe perguntaram: “Que sinal nos mostras para agir assim?” Jesus respondeu, com autoridade: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei” – Ele falava do “templo” do seu corpo.
Jesus nos conhece por dentro; diante do Seu amor, não conseguimos nos esconder ou nos esquivar: Ele nos conhece como somos; e nos ama apesar de nossos pecados. Ele se revela a nós como Salvador e Redentor amantíssimo; revelemo-nos também nós a Ele como filhos indignos da sua graça, mas cheios de esperança na misericórdia do Pai, que nos lavou e purificou no sangue do Cordeiro, seu Filho imolado por amor no alto da cruz.
Não façamos da casa de Deus – nossos corpos – um covil de ladrões e um depósito de imundície: purifiquemos nossos corações e lavemos as nossas “vestes” espirituais que se mancharam pelos nossos inúmeros pecados ao longo de nossa vida. De fato, irmãos, nós vivemos imersos no pecado, somente a misericórdia de Deus pode nos purificar e santificar; pelos nossos méritos pessoais estaríamos perdidamente condenados à morte eterna; pelos méritos de Cristo, porém, as portas do Paraíso foram novamente abertas para todos aqueles que, com humildade, acolhem o convite à conversão – mudança radical de vida.
Amém!

Por Professor José Fad
Reflexão retirada de Revista Ecclesia, Ano 2, nº 7
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