Para
celebrar São José, esposo da Virgem Maria, tutor de Jesus, a Igreja faz uma
pausa nas celebrações quaresmais. A 19 de março,
destaca-se a solenidade litúrgica na qual ela louva o Senhor, festejando aquele
que foi escolhido para a santa missão de cuidar, como pai, do Filho de Deus
encarnado.
Ao
narrar o nascimento de Jesus, o evangelista Mateus, destaca a figura de José,
colocando-o em estreita relação com Abraão, o pai de povo hebreu e com Davi, de
cuja descendência nasceria o Salvador. (Cf. Mt,
1, 1-24). Em sua descrição genealógica, demonstra que entre Abraão e Davi,
houve quatorze gerações e de Davi até o exílio da Babilônia, mais quatorze
gerações e desde aí até o nascimento de Cristo, mais quatorze, sinalizando o
simbolismo do número sete, o número da plenitude, duplamente presente nas três
partes da ordem genealógica. Passa a descrever a forma espiritual e miraculosa
com que se deu o nascimento de Jesus Cristo, narrando a experiência vital de
José, o homem justo, demonstrando que mais importante que o puro dado
genealógico, é a descendência na linha da fé, cuja origem maravilhosa está em
Abraão aquele que acreditou contra toda esperança.
São Paulo, na carta aos Romanos (cf. Rom.4, 1-25), discorre sobre a justificação de Abraão pela fé, uma vez que não se salvou pela observância da lei só revelada bem mais tarde no Sinai a Moisés. Tal fé tem seu ponto máximo ao momento do nascimento do Messias, e para ela se abrem de forma esplendorosa José e Maria de Nazaré. José, ao lado da santa esposa, está posto nos umbrais do momento messiânico, provado por Deus e mostrado como modelo de fé e disponibilidade diante o plano do Altíssimo. Mateus classifica José como homem justo, aquele em cuja alma se dava a justificação do alto, aquele cujo espírito estava ajustado de forma madura e plena com o Senhor do Universo, Deus Pai amoroso e onipotente que cria e salva a humanidade. Pela sua fé, na condição de esposo legal e casto de Maria, se realiza a paternidade espiritual pela qual o Salvador, gerado pela força do Espírito Santo no seio virginal da jovem de Nazaré, cumpre a promessa feita aos primeiros pais e confirmada na profecia de Natan a Davi.
São Paulo, na carta aos Romanos (cf. Rom.4, 1-25), discorre sobre a justificação de Abraão pela fé, uma vez que não se salvou pela observância da lei só revelada bem mais tarde no Sinai a Moisés. Tal fé tem seu ponto máximo ao momento do nascimento do Messias, e para ela se abrem de forma esplendorosa José e Maria de Nazaré. José, ao lado da santa esposa, está posto nos umbrais do momento messiânico, provado por Deus e mostrado como modelo de fé e disponibilidade diante o plano do Altíssimo. Mateus classifica José como homem justo, aquele em cuja alma se dava a justificação do alto, aquele cujo espírito estava ajustado de forma madura e plena com o Senhor do Universo, Deus Pai amoroso e onipotente que cria e salva a humanidade. Pela sua fé, na condição de esposo legal e casto de Maria, se realiza a paternidade espiritual pela qual o Salvador, gerado pela força do Espírito Santo no seio virginal da jovem de Nazaré, cumpre a promessa feita aos primeiros pais e confirmada na profecia de Natan a Davi.
Em
José se evidencia de forma eloqüente a vocação do homem
maduro que se realiza em ser fiel a toda prova, ao não abandonar Maria na
concepção extraordinária do Menino de Belém. Nele se pode contemplar a
integridade de alma, ao despojar-se de si mesmo diante do plano de Deus,
disponibilizando-se total e indivisamente para a missão de ser pai legal,
adotivo, do Menino Deus. Ao lado da Virgem esposa, José é modelo de pai que
cuida do filho, na certeza de estar servindo humildemente a Deus e de estar
diante de um mistério que só pode ser entendido dentro do prisma da mais
genuína fé e do mais completo amor.
Na
vida da Igreja, José sempre ocupou lugar de distinção, respeito e veneração. Os
documentos do século VII, a festa litúrgica introduzida no século XII, a
expansão de sua devoção no ocidente, sobretudo a partir do século XV e as
várias distinções dadas ao seu nome nos tempos modernos, fazem de São José um
dos santos mais queridos e populares do mundo cristão. O papa Pio IX
(1846-1878) o declarou Patrono Universal da Igreja, por ter sido escolhido por
Deus para cabeça da família de Nazaré, a primeira Igreja Doméstica. Sendo
esposo de Maria Santíssima, pai putativo de Jesus, se torna também patrono da
Igreja, Corpo Místico de Cristo.
Mediante
a confiança depositada por Deus neste homem justo e bom, o fiel encontra razões
para submeter-se ao seu patrocínio e à sua intercessão, em Cristo, para que
suplique ao Pai em todas as suas necessidades, sobretudo as relacionadas com a
família, a educação dos filhos e a manutenção geral dos lares. Muitos
seminários e outras casas de formação dos futuros sacerdotes são postos sob o
patrocínio de São José, bem como mosteiros e conventos, pois ele é modelo de
alguém que se entregou total e indivisivelmente à obra do Senhor, não querendo
nada para si, mas tudo para Deus.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de
Juiz de Fora
Retirado de www.cnbb.org.br