"Para seguir Jesus, devemos nos despir da cultura do
bem-estar e do fascínio provisório": foi o que disse o Papa Francisco, na
Missa celebrada na Casa Santa Marta, na manhã desta segunda-feira, 27 de
maio.
Na
homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia, em que Jesus pede a um jovem que
dê suas riquezas aos pobres e que O siga. “As riquezas são um empecilho, pois
não facilitam o caminho rumo ao Reino de Deus”, disse Francisco.
O
Pontífice se referiu a duas “riquezas culturais”: antes de tudo, a “cultura do
bem-estar, que nos deixa pouco corajosos, preguiçosos e também egoístas. O
bem-estar é uma “anestesia”:
"Não,
não, mais de um filho não, porque não podemos fazer férias, não podemos comprar
a casa... Podemos seguir o Senhor, mas até certo ponto. Isso faz o bem-estar:
nos despe daquela coragem forte que nos aproxima de Jesus. Esta é a primeira
riqueza da nossa cultura de hoje, a cultura do bem-estar.”
A
segunda riqueza é o fascínio do provisório. “Nós estamos apaixonados pelo
provisório”, disse o Papa. Não gostamos das propostas definitivas que Jesus nos
faz e temos medo do tempo de Deus:
“Ele
é o Senhor do tempo, nós somos os senhores do momento. Uma vez, conheci uma
pessoa que queria se tornar padre, mas só por dez anos, não mais.” Além disso,
muitos casais se casam pensando que o amor pode acabar e, com ele, a união.
“Essas
duas riquezas são as que, neste momento, nos impedem de prosseguir. Eu penso em
muitos, muitos homens e mulheres que deixaram a própria terra para serem
missionários por toda a vida: isso é definitivo! Assim como muitos homens e
mulheres que deixaram a própria casa para um matrimônio por toda a vida: isso é
seguir Jesus de perto! É o definitivo”, afirmou o Pontífice, que concluiu:
“Peçamos
ao Senhor que nos dê a coragem de prosseguir, despindo-nos desta cultura do
bem-estar, com a esperança no tempo definitivo.”
Fonte: www.cnbb.org.br
Fonte: www.cnbb.org.br