“Quem
se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado.” (Lc 18, 14).
A passagem do evangelho de hoje é muito conhecida de
todos nós e nos ajuda no modo de como devemos rezar. Tanto o Fariseu como o
Publicano tinham fé. Aproximam-se do Templo, lugar sagrado para fazerem seu
momento com Deus. Porém as atitudes e posturas são diferentes. Um é orgulhoso,
muito convencido de suas ações, sempre se julgando cumpridor da lei. O outro é humilde,
coloca-se em lugar escondido no Templo, abre seu coração confiante a Deus, que
poderá perdoar seu pecado.
A atitude que agrada a Deus é a de quem tem consciência
de seu
pecado e de sua fraqueza. Em nossa vida e prática cristã na Igreja
corremos o risco de cairmos no farisaísmo, por não termos a humildade de olhar
nossas atitudes e com muita facilidade julgarmos ou criticarmos os outros. Isto
nos afeta a todos! Nunca podemos nos esquecer de que para nos aproximarmos de Deus, devemos
abandonar o próprio egoísmo para encontrarmos a felicidade em Deus.
As orações dos Salmos, as orações formuladas pela própria
Igreja para os vários momentos celebrativos sempre nos levam a uma postura de
despojamento e de humildade para nos colocarmos diante de Deus. Este também é o
testemunho deixado para nós pelos grandes místicos na história da Igreja. Assim
se colocava, por exemplo, São Francisco de Assis, Santa Teresa de Ávila e
tantos outros. É um ensinamento que nos
leva a estarmos na dependência de quem pode nos ouvir, nos ajudar e nos levar a
um crescimento na fé.
D. Célio de Oliveira Goulart
– Bispo Diocesano