domingo, 6 de julho de 2014

Em visita ao sul da Itália, Papa defende “domingo livre do trabalho”

Recepcionado calorosamente por fiéis logo pela manhã, o Santo Padre chegou à Universidade de Molise, onde tratou de assuntos como o desemprego na região. Na universidade, encontrou-se com o reitor, um agricultor e uma operária de montadora de veículos que está grávida. Reunido com o arcebispo de Campobasso-Boiano, Dom Giancarlo Bregantini, Francisco evidenciou a necessidade de um ‘pacto pelo trabalho’, encorajando todos a seguirem adiante nesse caminho, que pode dar bons frutos ali como em outras regiões.


“Minha visita à região do Molise – prosseguiu – começa com este encontro com o mundo do trabalho, mas o lugar em que nos encontramos é a Universidade. E isso é significativo: expressa a importância da pesquisa e da formação também para responder aos novos complexos questionamentos que a atual crise econômica apresenta, em nível local, nacional e internacional. E isso foi há pouco testemunhado pelo jovem agricultor com sua escolha de especializar-se em agronomia e de trabalhar a terra ‘por vocação’.”, disse o Papa.

Após abençoar uma gestante, o Papa frisou as dificuldades da mulher operária em conciliar o trabalho com a vida familiar. Em seguida, defendeu o domingo livre do trabalho – exceto os serviços necessários –, ressaltando que o mesmo afirma que a prioridade não é o econômico, mas o humano, o gratuito, as relações não comerciais, mas familiares, amistosas, para os que creem, para a relação com Deus e com a comunidade.

Após ressaltar que a falta do trabalho tolhe a dignidade, evidenciou que o problema mais grave é justamente este, o não poder levar o pão para casa. “Por isso devemos trabalhar e defender a dignidade que o trabalho dá”, frisou Francisco. A visita pastoral tem como tema “Deus não se cansa de perdoar”. São João Paulo II fora o último pontífice a visitar aquela região, em 1995.


Fonte: Rádio Vaticano
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