Recepcionado calorosamente por fiéis logo
pela manhã, o Santo Padre chegou à Universidade de Molise, onde tratou de
assuntos como o desemprego na região. Na universidade, encontrou-se com o
reitor, um agricultor e uma operária de montadora de veículos que está grávida.
Reunido com o arcebispo de Campobasso-Boiano, Dom Giancarlo Bregantini,
Francisco evidenciou a necessidade de um ‘pacto pelo trabalho’, encorajando
todos a seguirem adiante nesse caminho, que pode dar bons frutos ali como em
outras regiões.
“Minha visita à região do Molise – prosseguiu
– começa com este encontro com o mundo do trabalho, mas o lugar em que nos
encontramos é a Universidade. E isso é significativo: expressa a importância da
pesquisa e da formação também para responder aos novos complexos
questionamentos que a atual crise econômica apresenta, em nível local, nacional
e internacional. E isso foi há pouco testemunhado pelo jovem agricultor com sua
escolha de especializar-se em agronomia e de trabalhar a terra ‘por vocação’.”,
disse o Papa.
Após abençoar uma gestante, o Papa frisou as
dificuldades da mulher operária em conciliar o trabalho com a vida familiar. Em
seguida, defendeu o domingo livre do trabalho – exceto os serviços necessários
–, ressaltando que o mesmo afirma que a prioridade não é o econômico, mas o
humano, o gratuito, as relações não comerciais, mas familiares, amistosas, para
os que creem, para a relação com Deus e com a comunidade.
Após ressaltar que a falta do trabalho tolhe
a dignidade, evidenciou que o problema mais grave é justamente este, o não
poder levar o pão para casa. “Por isso devemos trabalhar e defender a dignidade
que o trabalho dá”, frisou Francisco. A visita pastoral tem como tema “Deus não
se cansa de perdoar”. São João Paulo II fora o último pontífice a visitar
aquela região, em 1995.
Fonte: Rádio Vaticano