“Enquanto rezava, seu rosto mudou de
aparência e suas vestes ficaram muito brancas e
resplandecentes” (Lc 9, 29).
Essa
passagem do evangelho é também conhecida como a Transfiguração do Senhor. Em
seu momento de oração Jesus se revela como o Filho de Deus a seus apóstolos
mais íntimos: Pedro, João e Tiago. Várias foram as oportunidades da convivência
com Jesus em que os apóstolos puderam ter a certeza de que aquele Jesus a quem
estavam seguindo era de fato o Filho de Deus. No entanto este momento da
Transfiguração confirma de modo muito claro quem era Jesus. Escuta-se a voz do
Pai: “Este é o meu Filho amado, escutai-O” (Lc 9, 35). É o próprio
testemunho do Pai.
Na
experiência cristã vivida por nós, também nos é possível perceber a presença
grandiosa do Senhor Ressuscitado. Ele se manifesta na Palavra; nos sinais
visíveis dos Sacramentos celebrados, principalmente na Eucaristia; nas ações
provindas da prática do amor fraterno na experiência cristã. Por isso, cabe
hoje à Igreja realizar a transfiguração do mundo em que estamos. Temos os meios
para isto.
Situando-nos
no contexto pessoal em que vivemos, com os meios que temos por parte de nossa
Igreja e neste tempo da Quaresma em que estamos, poderíamos nos perguntar: o
que devemos transfigurar? Onde precisamos levar a presença transfiguradora do
Senhor Jesus? Quais ambientes transfigurados que fariam bem aos jovens de
nossas famílias e de nossas Paróquias?
Dom Célio de Oliveira
Goulart
Bispo Diocesano de São João
Del Rei
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