Como Pedro terminou seus dias em Roma,
no seio da Igreja Romana, dando aí o seu supremo testemunho de amor a Nosso
Senhor, derramando seu sangue por Cristo, os Bispos de Roma são sucessores de
Pedro.
Como Pedro, a missão deles é sempre recordar, custodiar e proclamar a
experiência fundamental da nossa fé: Jesus morto e ressuscitado é o Cristo, o
Filho do Deus vivo, o Salvador! O Papa é, então, Sucessor de Pedro como Bispo
da Arquidiocese de Roma.
O Sumo Pontífice exerce também um poder
político como Chefe de Estado da Cidade do Vaticano, donde detém os poderes
legislativo, executivo e judicial. Nos dias de hoje, o papel político do Papa
traduz-se no exercício de um cargo cerimonial, religioso e diplomático de
grande importância, pois, ao mesmo tempo em que é soberano do menor país do
mundo, também é líder de uma religião com bilhões de seguidores.
Vale lembrar que ninguém se faz Papa,
não existe “candidatos” eleitos em votação democrática. É Deus quem o escolhe
para colocá-lo à frente de Sua Igreja por meio de um Conclave (votação secreta
dos cardeais com menos de 80 anos). O cargo é vitalício, e na história da
Igreja, apenas quatro Pontífices renunciaram à Cátedra de Pedro. Bento XVI
entra para a história como o 5º a renunciar como Bispo de Roma
O Papa, junto com seus sucessores, os
bispos, são o fundamento visível da unidade da Igreja Católica. É ele quem deve
confirmar os irmãos na fé, com espírito de serviço e caridade, pois esta foi a
missão confiada a ele pelo próprio Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas” (João
21, 17).
O Papa dispõe, para os católicos, de
autoridade religiosa em matéria de fé e moral. É igualmente quem aprova e,
geralmente, preside as cerimônias de beatificação ou canonização, assim como
nomeia os cardeais. O Concílio do Vaticano I, de 1869-1870, definiu o dogma da
“Infalibilidade Papal”, pelo qual os pronunciamentos oficiais do Papa, em
unidade com o colégio universal dos bispos, a respeito da fé e moral não
apresentam possibilidade de erro. Seguir o Sumo Pontífice é a certeza de estar
em comunhão plena com Cristo, por isso se diz que o Papa é fundamento visível
da unidade.
Autor: Pe. Marcelo Rossi
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