“João viu Jesus aproximar-se
dele e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (Jo 1, 29).
Pela narrativa de João dá-se
como que uma continuidade à temática do domingo passado, que foi a narração do
Batismo de Jesus por Mateus. Aqui Jesus é apresentado, além de Servo e Filho de
Deus, como o Cordeiro a ser imolado para o perdão dos pecados. Jesus teve a
consciência de que sua missão deveria passar pela doação e morte de cruz, como
um cordeiro pacífico a ser imolado.
Com isto Ele nos resgatava
do pecado e nos convidava a termos igualmente uma vida de pessoas santificadas.
O Batismo de sangue e no Espírito Santo fazia assim a diferença do Batismo de
João Batista. Jesus Cristo derramaria seu sangue e realizaria sua missão pela
força do Espírito Santo.
Em nossa vivência cristã
também somos chamados a fazer esta experiência. Permanecer na fidelidade de nosso
Batismo é nosso compromisso. E a própria Igreja nos apresenta os meios que nos
sustentam na fidelidade: a participação dos Sacramentos, com destaque da
Reconciliação e da Eucaristia; a fidelidade nos Sacramentos que nos definem nos
estados de vida assumidos, como o Matrimônio, a Ordem ou a opção na Vida
Consagrada; o cultivo da espiritualidade cristã no ambiente familiar,
profissional e na transformação das realidades sociais; a prática da caridade e
do respeito às pessoas de nossa convivência.
Os cristãos das primeiras
comunidades cristãs tornaram-se, pelo testemunho e pelo martírio recebido,
testemunhas de sua fé. Também derramaram seu sangue, a exemplo do Cordeiro de
Deus. Talvez hoje se peça de nós o martírio do dia-a-dia, a fidelidade em nosso
seguimento a Jesus Cristo através de pequenos gestos e sacrifícios. Sejamos
felizes por podermos dar estes testemunhos e constituirmos, a exemplo do que
São Paulo fala na segunda leitura, uma comunidade de homens e mulheres
santificados.
D. Célio de Oliveira Goulart
– Bispo Diocesano.
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