quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Impunidade

Nessa reportagem vamos discutir um pouco a respeito da impunidade. Para tal empreendimento, é necessário que compreendamos o que essa palavra significa para depois conversarmos a respeito das suas implicações na sociedade e, como consequência direta, em nossa vida.


Segundo o dicionário Michaelis, em sua versão online, impunidade têm duas definições, sendo que vamos trabalhar com a segunda: falta de castigo devido. Quando ouvimos falar de impunidade logo nos lembramos de grandes criminosos, assassinos que estão à solta nas ruas e, em grande medida, em nossos políticos, aqueles que elegemos e que muitas vezes brincam com o dinheiro e a confiança que deixamos em suas mãos para transformarem o nosso país.

Falando dos criminosos comuns (aqueles que não são políticos) vemos que na maioria das vezes a justiça não se cumpre totalmente. Falta aos meliantes esse “castigo devido” pelos seus crimes. Esse castigo que tem a função não apenas de castigar, mas de proteger a sociedade e reeducar o indivíduo para que este retorne a ela. Essa reeducação muitas vezes não acontece por causa da precariedade do sistema que faz esse trabalho e vemos que, em grande porcentagem das situações, o indivíduo volta a cometer crimes. Será que ao invés de lotar os presídios, deveríamos também pensar na qualidade dessa reabilitação que está acontecendo dentro deles?

Com relação aos políticos, vimos que a punição é demorada. No caso Mensalão, por exemplo, doze réus conseguiram solicitar os embargos infringentes, ou seja, terão direito a um novo julgamento e nova análise de provas que acontecerá somente no próximo ano. Por mais que a punição aconteça podemos ter certeza que o dinheiro desviado não será totalmente devolvido aos cofres públicos.

É a nossa função recorrer aos poderes que temos a disposição para assegurar que a impunidade seja reduzida, seja votando em políticos mais honestos e, principalmente sendo mais honestos para com o nosso próximo, produzindo homens e mulheres melhores para o mundo, afinal, assim como Cristo, precisamos dar o nosso exemplo.




Leandro José Maria Silva
Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e membro da


Pastoral da Comunicação da Paroquia de Nossa Senhora de Fatima
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