Certa vez, estava
acontecendo a Missa do Galo em uma igreja grande e central da cidade. O templo
estava repleto. Cantos bonitos, preces, intensa participação. No final da
Missa, na hora dos avisos, o padre perguntou se alguém podia ajudá-lo a
resolver um problema: Na véspera, havia chegado uma família pobre do interior,
que não tinha onde ficar.
O padre foi direto e
perguntou se alguma família os acolhia em sua casa por uns dias, até que fosse
encontrado um lugar definitivo para eles. Fez-se profundo silêncio. Ninguém se
ofereceu. Aceitá-los em casa exigiria, sem dúvida, alguns sacrifícios. Que
fazer?
O casal, com a criança,
estava na sacristia, e o padre os chamou. Era uma encenação do grupo de jovens
da paróquia, para mostrar que a sociedade continua a mesma do tempo de Jesus,
na qual, em Belém, a Família de Nazaré não foi acolhida. A cena causou impacto,
evidentemente, mas já era tarde. Seria como a hospedaria de Belém chamar José e
Maria de volta, depois de descobrirem que o menino era o Messias.
Hoje se criaram até outras
formas de negar acolhimento aos necessitados, como o tráfico humano. Espanta-nos
e desanima-nos a vista de nossos pecados? Lembremo-nos de que Maria foi feita
Rainha de Misericórdia.
Fonte: A Missa do Galo (http://www.a12.com/formacao/detalhes/a-missa-do-galo)