Era a noite de Natal, em que a humanidade
inteira comemora com os anjos o nascimento do Menino de Belém, quando todas as
Irmãs foram para a Capela do Mosteiro, a fim de rezar a oração das Matinas. Por
isso, Santa Clara permaneceu sozinha, no seu leito, já que se encontrava doente
nesta ocasião e não podia acompanhar a Comunidade até a Capela.
Por isso, Clara começou a meditar e a falar
com o pequenino Jesus, visto que sofria por não ter podido participar dos
louvores divinos: – “Senhor meu Deus, deixaram-me aqui sozinha”. Então, eis que
de repente, começou ressoar em seus ouvidos o maravilhoso conserto que estava
acontecendo na igreja de São Francisco. Clara escutava com muita alegria os
irmãos, os frades, salmodiando o Ofício Divino, inclusive ouvindo até o som dos
instrumentos musicais. Se não fosse por uma intervenção divina, seria
impossível que Santa Clara pudesse ouvir tais sons, pois o lugar não era tão
proximo assim do Mosteiro. Tal prodígio só era possível se a solenidade tivesse
sido amplificada de forma divina ou se o ouvido da santa tivesse sido reforçado
na sua audição de um modo sobre-humano. Ainda mais fenomenal foi o fato de Santa
Clara, além de ouvir, ver o próprio presépio do Senhor e assistir à Santa Missa
meia-noite, que se seguiu após o canto da salmodia.
Quando as Irmãs foram ver Santa Clara de
manhã no seu leito, ela lhes falou: – “Bendito seja o Senhor Jesus Cristo, que
não me deixou aqui abandonada, sozinha, quando vocês me abandonaram. Escutei,
por graça do Senhor, toda a solenidade celebrada esta noite na igreja de São
Francisco e lá estive presente, recebendo até a santa comunhão. Agradecei
comigo a Nosso Senhor Jesus Cristo, por tal graça a mim concedida”.
Por causa deste fato tão espantoso, o Papa
Pio XII declarou Santa Clara padroeira da televisão em 1958.
Abaixo você poderá ver a Igreja de São
Francisco em Assis, na Itália; sua vista lateral e o local onde Santa Clara
dormia sobre palhas e onde morreu em 1253.
Fonte: http://www.cantodapaz.com.br/blog/2006/11/18/51-por-que-santa-clara-de-assis-e-a-padroeira-da-televisao/