“Ocupar ruas e praças por liberdade e
direitos” é o lema da 20ª edição do Grito dos Excluídos, que acontece em todo o
Brasil, no neste domingo, 7 de setembro, dia em que se celebra a Independência
do Brasil. O conjunto de manifestações populares, que há duas décadas trata da
temática “Vida em primeiro lugar”, prioriza neste ano a linguagem criativa e
simbólica em suas ações, como música, teatro, poesia, redações, exposições e
feiras. A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e
da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participa das
mobilizações por meio das Pastorais Sociais, com apoio da Cáritas Brasileira e
da Pastoral da Juventude.
A edição de 2014 organiza o máximo de ações
na defesa da vida humana, na luta pelo acesso e qualidade dos serviços públicos
básicos e na construção de espaços e ações de denúncia de injustiças. Os grupos
também marcham contra as privatizações de bens naturais e serviços e denunciam
a criminalização dos movimentos e lutas populares.
Vários eixos foram articulados para trabalhar
questões como participação popular, comunicação, impactos de megaprojetos e
megaeventos, extermínio da juventude negra, meio ambiente e os povos indígenas
e tradicionais.
“O grito tem uma função como se fosse um
pequeno grande professor que contribui para levar informação e formação ao povo
brasileiro, que é daquilo que o povo precisa para se manifestar”, afirma o
coordenador nacional do evento, Ari Alberti.
Desde 1995, quando aconteceu a primeira
edição do evento, houve grande repercussão internacional e reconhecimento na
Assembleia Geral da CNBB, ocasião em que os bispos refletiram sobre o tema e o
abordaram no Documento 56, “Projeto Rumo ao Novo Milênio”.
Outro fato é o contraste da manifestação
civil com o desfile militar. “A Semana da Pátria deixou de ser uma semana de
plateia, que assiste a desfiles, para ser uma semana de mobilização, de
atividades, de lutas e de botar nas ruas suas necessidades e seus direitos que
não estão sendo respeitados”, aponta Alberti.
Saiba mais sobre a organização e locais onde
acontecem as ações do Grito dos Excluídos no site www.gritodosexcluidos.org.
Fonte: http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/noticias/14920-20-edicao-do-grito-dos-excluidos-busca-liberdade-e-direitos