sábado, 11 de fevereiro de 2012

Liturgia Dominical: Evangelho da Semana

VI Domingo do Tempo Comum – “Se queres, tens o poder de curar-me”

Cor Verde
1ª leitura: Lv 13,1-2.44-46
Salmo: Sl 32
2ª leitura: 1Cor 10,31-11,1
Evangelho: Mc 1,40-45



1ª LEITURA – Leitura do Livro do Levítico

1O Senhor falou a Moisés e Aarão, dizendo:
2"Quando alguém tiver na pele do seu corpo alguma inflamação, erupção ou mancha branca, com aparência do mal da lepra, será levado ao sacerdote Aarão ou a um dos seus filhos sacerdotes.
44Se o homem estiver leproso é impuro, e como tal o sacerdote o deve declarar.
45O homem atingido por este mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos em desordem e a barba coberta, gritando: 'Impuro! Impuro!'
46Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento". 

SALMO RESPONSORIAL

— Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio.
— Feliz o homem que foi perdoado/ e cuja falta já foi encoberta!/ Feliz o homem a quem o Senhor/ não olha mais como sendo culpado,/ e em cuja alma não há falsidade!
— Eu confessei, afinal, meu pecado,/ e minha falta vos fiz conhecer./ Disse: “Eu irei confessar meu pecado!”/ E perdoastes, Senhor, minha falta.
— Regozijai-vos, ó justos, em Deus,/ e no Senhor exultai de alegria!/ Corações retos, cantai jubilosos!

2ª LEITURA – Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 10,31Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
32Não escandalizeis ninguém, nem judeus, nem gregos, nem a Igreja de Deus.
33Fazei como eu, que procuro agradar a todos, em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos.
11,1Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.

EVANGELHO – Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos

Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus e, de joelhos, pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”.
41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero: fica curado!”.
42No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado.
43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!”
45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade; ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. 

“Se queres, tens o poder de curar-me!”

Irmãos e irmãs, neste sexto Domingo do Tempo Comum, na leitura do Livro do Levítico, nós ouvimos o Senhor que diz a Moisés “Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento”. A doença da lepra foi controlada e, em algumas regiões, eliminada com a medicina preventiva e terapeutica; mas, hoje, ainda somos vítimas de uma lepra pior do que aquela física: o pecado.
As feridas do pecado pessoal e social são mais fétidas e purulentas do que qualquer ferida física que a humanidade já conheceu. Somente o Amor do Senhor nos pode “curar” dessas feridas; somente Ele pode nos aliviar das dores indizíveis do desamor e da rebelião contra Deus; somente o balsamo do seu Amor pode nos devolver o bom “aroma” espiritual próprio dos filhos de Deus que perdemos ao pecar mortalmente.
Com o Salmista proclamamos que feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta; feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado e em cuja alma não há falsidade alguma. Confessemos ao Senhor nossos pecados e nossas faltas: Ele nos perdoa, purificando-nos de nossas chagas espirituais; devolvendo-nos a saúde espiritual. Regozijemos em Deus, e no Senhor exultemos de alegria; cantemos sua misericórdia infinita que toma todo o Universo.
O Senhor nos julgara com “misericórdia. Seu divino Amor é capaz de colocar nossas misérias dentro do seu “peito” patemal e nos curar de toda enfermidade e nos purificar de toda mancha espiritual.
Irmãos, na leitura da Carta aos Corintios, o Apóstolo Paulo nos ensina que se comemos, bebemos ou fazemos qualquer outra coisa, façamos para a glória de Deus. Não escandalizemos ninguém: façamos como ele que procurava agradar a todos, em tudo, não buscando o que é vantajoso para si mesmo, mas o que era vantajoso para todos, a fim de que sejamos salvos. Imitemos suas virtudes, assim como ele foi imitador do Senhor Jesus.
No Evangelho segundo Marcos, ouvimos que um leproso chegou perto de Jesus e, ajoelhado, suplicou a cura. Jesus, tomado pela compaixao, tocou-o e o curou. Apesar da proibição explícita de divulgar a sua cura milagrosa, ele saiu dali e começou a contar a todos o fato.
Nós temos, na Igreja, um sacramento, atualmente, pouco valorizado e menos ainda “utilizado”: a penitência. O pecado que diariamente, por inspiracao do Demônio, entra em nossos corações provoca em nós purulentas chagas espirituais que podem também provocar males fisicos, tais como doenças que levam a morte.
O sacramento da peniténcia é o maior instrumento de libertação e cura que possuimos contra Satanás e seus demônios; é o mais eficaz remédio espiritual que Jesus nos deixou para que possamos nos proteger contra as insídias do Maligno na vida e na história da Humanidade.
Não negligenciemos este sacramento da misericórdia do Amor de Deus; abramos nossos corações ao Senhor; confessemos nossos pecados; recebamos seu perdão e deixemos que o bálsamo espiritual de seu Amor nos revigore no dia a dia de nossas vidas, rumo ao Reino definitivo.
Irmãos, se quisermos ficar curados precisamos “curar” os nossos irmãos; se quisermos o perdão de Deus, precisamos perdoar aos nossos irmãos e irmãs as ofensas que nos fizeram; pois é dando que receberemos: esta é a regra de ouro que Jesus nos deixou.
Amém!

Por Professor José Fad
Reflexão retirada de Revista Ecclesia, Ano 2, nº 7
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