sábado, 25 de fevereiro de 2012

Liturgia Dominical: Evangelho da Semana

I Domingo da Quaresma – “Convertei-vos e crede no Evangelho!”

Cor Roxa
1ª leitura: Gn 9,8-15
Salmo: Sl 25
2ª leitura: 1Pd 3,18-22
Evangelho: Mc 1,12-15

1ª LEITURA – Leitura do Livro do Gênesis

8Disse Deus a Noé e a seus filhos: 9“Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, 10com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca. 11Estabeleço convosco a minha aliança: nunca mais nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”.
12E Deus disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: 13ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra. 14Quando eu reunir as nuvens sobre a terra, aparecerá meu arco nas nuvens. 15Então eu me lembrarei de minha aliança convosco e com todas as espécies de seres vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura”. 

SALMO RESPONSORIAL

— Verdade e amor são os caminhos do Senhor. 

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ e fazei-me conhecer a vossa estrada!/ Vossa verdade me oriente e me conduza,/ porque sois o Deus da minha salvação.
— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura/ e a vossa compaixão que são eternas!/ De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia,/ e sois bondade sem limites, ó Senhor!
— O Senhor é piedade e retidão,/ e reconduz ao bom caminho os pecadores./ Ele dirige os humildes na justiça,/ e aos pobres ele ensina seu caminho. 

2ª LEITURA – Leitura da Primeira Carta de São Pedro

Caríssimos: 18Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.
19No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, 20a saber, aos que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas por meio da água.
21À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.
22Ele subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a ele anjos, dominações e potestades. 

EVANGELHO – Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos

Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam.
14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”

“Convertei-vos e crede no Evagelho!”

Irmãos e irmãs, neste primeiro Domingo da Quaresma, na leitura do Livro do Gênesis, nós ouvimos a Palavra do Senhor, dirigida a Noé: “Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que sairam convosco da arca. Estabeleço convosco a minha aliança.”
E Deus ainda disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as geraçõess futuras: ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a Terra.” Então o Senhor se lembrará de Sua aliança conosco e com todas as espécies de seres vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura.
O Senhor estabeleceu com cada um de nós uma nova aliança no dia de nosso Batismo: naquele glorioso dia nos tornamos partícipes do “Sangue” precioso de Cristo derramado no alto da cruz para a nossa purificação e salvação. Esta é uma aliança eterna: Ele é fiel às suas promessas para sempre.
Irmãos, com o Salmista invoquemos o Senhor que nos mostre seus caminhos e nos faça conhecer a sua estrada. Sua verdade nos oriente e nos conduza porque Ele é o Deus de nossa salvação. Que Ele se lembre de Sua ternura e de Sua compaixão que são eternas. De nós lembre-se, porque é misericórdia e bondade sem limites, o Senhor.
Irmãos, o Senhor é piedade e retidão e reconduz ao bom caminho os pecadores; Ele dirige os humildes na justiça e aos pobres ensina o seu caminho.
Na leitura da Primeira Carta de Pedro, ouvimos que Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o Justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Ele sofreu a morte, na sua existencia humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.
Em Espírito, Ele foi pregar aos “espíritos” na prisão, nos dias em que Noé construia a arca. À arca corresponde o Batismo, que hoje é a nossa Salvação: ele não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.
Ele morreu e ressuscitou, subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a Ele Anjos, Dominações e Potestades: todos os seres espirituais.
No Evangelho segundo Marcos, ouvimos que o Espírito levou Jesus para o deserto. Ele ficou no deserto durante quarenta dias, e ai foi tentado por Satanás. Ele vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois da morte do Batista, Jesus pregava na Galiléia, dizendo: O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
Jesus vence a tentação de Satanás e, com isto, nos ensina a vencê-lo em nossas lutas cotidianas. A paixão, morte e ressurreição do Senhor esmaga a cabeça astuta da Antiga Serpente – Satanás – e reabre as portas do Paraíso, até então fechadas por causa do pecado de nossos primeiros pais. Todos nós estavamos condenados a morte eterna: Jesus nos traz as “chaves” da vida.
Neste início de quaresma – tempo forte de preparação para celebrarmos o grande mistério de nossa fé – não negligenciemos a existência do Maligno e sua potente força de persuasão para o pecado; Satanás existe sim e, com ele, muitos anjos se tornaram demônios e estão entre nós. Assim como tentou Jesus, tenta a nós hoje. A principal tentação do Demônio, hoje, é nos convencer que ele não existe e que a ciência explica todas as suas malignas manifestações no homem, na sociedade e na história.
Amém!

Por Professor José Fad
Reflexão retirada de Revista Ecclesia, Ano 2, nº 7
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