I
Domingo da Quaresma – “Convertei-vos e
crede no Evangelho!”
Cor Roxa
1ª leitura: Gn
9,8-15
Salmo: Sl
25
2ª leitura: 1Pd
3,18-22
1ª LEITURA – Leitura do Livro do
Gênesis
8Disse
Deus a Noé e a seus filhos: 9“Eis que vou estabelecer minha
aliança convosco e com vossa descendência, 10com todos os seres
vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com
todos os animais da terra, que saíram convosco da arca. 11Estabeleço
convosco a minha aliança: nunca mais nenhuma criatura será exterminada pelas
águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”.
12E
Deus disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os
seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: 13ponho
meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra. 14Quando
eu reunir as nuvens sobre a terra, aparecerá meu arco nas nuvens. 15Então
eu me lembrarei de minha aliança convosco e com todas as espécies de seres
vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda
criatura”.
SALMO RESPONSORIAL
— Verdade e amor são os caminhos do Senhor.
—
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ e fazei-me conhecer a vossa estrada!/
Vossa verdade me oriente e me conduza,/ porque sois o Deus da minha salvação.
—
Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura/ e a vossa compaixão que são eternas!/
De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia,/ e sois bondade sem limites, ó
Senhor!
—
O Senhor é piedade e retidão,/ e reconduz ao bom caminho os pecadores./ Ele
dirige os humildes na justiça,/ e aos pobres ele ensina seu caminho.
2ª LEITURA – Leitura da Primeira Carta
de São Pedro
Caríssimos: 18Cristo
morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim
de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu
nova vida pelo Espírito.
19No
Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, 20a
saber, aos que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de
longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas
pessoas — oito — foram salvas por meio da água.
21À
arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não
serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma
boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.
22Ele
subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a ele anjos, dominações e
potestades.
EVANGELHO – Evangelho de Jesus Cristo,
segundo Marcos
Naquele
tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E
ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia
entre animais selvagens, e os anjos o serviam.
14Depois
que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de
Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus
está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
“Convertei-vos
e crede no Evagelho!”
Irmãos
e irmãs, neste primeiro Domingo da Quaresma, na leitura do Livro do Gênesis,
nós ouvimos a Palavra do Senhor, dirigida a Noé: “Eis que vou estabelecer minha
aliança convosco e com vossa descendência, com todos os seres vivos que estão
convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da
terra, que sairam convosco da arca. Estabeleço convosco a minha aliança.”
E
Deus ainda disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e
todos os seres vivos que estão convosco, por todas as geraçõess futuras: ponho
meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a Terra.” Então o Senhor
se lembrará de Sua aliança conosco e com todas as espécies de seres vivos. E
não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura.
O
Senhor estabeleceu com cada um de nós uma nova aliança no dia de nosso Batismo:
naquele glorioso dia nos tornamos partícipes do “Sangue” precioso de Cristo
derramado no alto da cruz para a nossa purificação e salvação. Esta é uma
aliança eterna: Ele é fiel às suas promessas para sempre.
Irmãos,
com o Salmista invoquemos o Senhor que nos mostre seus caminhos e nos faça
conhecer a sua estrada. Sua verdade nos oriente e nos conduza porque Ele é o
Deus de nossa salvação. Que Ele se lembre de Sua ternura e de Sua compaixão que
são eternas. De nós lembre-se, porque é misericórdia e bondade sem limites, o
Senhor.
Irmãos,
o Senhor é piedade e retidão e reconduz ao bom caminho os pecadores; Ele dirige
os humildes na justiça e aos pobres ensina o seu caminho.
Na
leitura da Primeira Carta de Pedro, ouvimos que Cristo morreu, uma vez por
todas, por causa dos pecados, o Justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a
Deus. Ele sofreu a morte, na sua existencia humana, mas recebeu nova vida pelo
Espírito.
Em
Espírito, Ele foi pregar aos “espíritos” na prisão, nos dias em que Noé
construia a arca. À arca corresponde o Batismo, que hoje é a nossa Salvação:
ele não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para
obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.
Ele
morreu e ressuscitou, subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a
Ele Anjos, Dominações e Potestades: todos os seres espirituais.
No
Evangelho segundo Marcos, ouvimos que o Espírito levou Jesus para o deserto.
Ele ficou no deserto durante quarenta dias, e ai foi tentado por Satanás. Ele
vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois da morte do
Batista, Jesus pregava na Galiléia, dizendo: O tempo já se completou e o Reino
de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
Jesus
vence a tentação de Satanás e, com isto, nos ensina a vencê-lo em nossas lutas
cotidianas. A paixão, morte e ressurreição do Senhor esmaga a cabeça astuta da
Antiga Serpente – Satanás – e reabre as portas do Paraíso, até então fechadas
por causa do pecado de nossos primeiros pais. Todos nós estavamos condenados a
morte eterna: Jesus nos traz as “chaves” da vida.
Neste
início de quaresma – tempo forte de preparação para celebrarmos o grande
mistério de nossa fé – não negligenciemos a existência do Maligno e sua potente
força de persuasão para o pecado; Satanás existe sim e, com ele, muitos anjos
se tornaram demônios e estão entre nós. Assim como tentou Jesus, tenta a nós
hoje. A principal tentação do Demônio, hoje, é nos convencer que ele não existe
e que a ciência explica todas as suas malignas manifestações no homem, na
sociedade e na história.
Amém!
Por
Professor José Fad
Reflexão
retirada de Revista Ecclesia, Ano 2, nº 7