domingo, 4 de março de 2012

Liturgia Dominical: Evangelho da Semana

II Domingo da Quaresma – “Este é o meu Filho amado”

Cor Roxa
1ª leitura: Gn 22,2-18
Salmo: Sl 116
2ª leitura: Rm 8,31b-34
Evangelho: Mc 9,2-18

1ª LEITURA – Leitura do Livro do Gênesis

Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”.
2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha, em cima do altar.10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho.
11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!”
Ele respondeu: “Aqui estou”.
12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.
13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu,
16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único,
17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos.
18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.
           
SALMO RESPONSORIAL

— Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos!

— Guardei a minha fé, mesmo dizendo:/ “É demais o sofrimento em minha vida!”/ É sentida por demais pelo Senhor/ a morte de seus santos, seus amigos.
— Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,/ vosso servo que nasceu de vossa serva;/ mas me quebrastes os grilhões da escravidão!/ Por isso oferto um sacrifício de louvor,/ invocando o nome santo do Senhor.
— Vou cumprir minhas promessas ao Senhor/ na presença de seu povo reunido;/ nos átrios da casa do Senhor,/ em teu meio, ó cidade de Sião!

2ª LEITURA – Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Romanos
           
Irmãos: 31bSe Deus é por nós, quem será contra nós?
32Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele?
33Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem condenará? Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou, e está à direita de Deus, intercedendo por nós?

EVANGELHOEvangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos
           
Naquele tempo,  2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 
3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 
4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 
5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 
6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 
7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”
8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 
9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 
10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

“Este é o meu Filho amado”

Irmãos e irmãs, neste segundo Domingo da Quaresma, na leitura do Livro do Genesis, Deus pôs Abraão à prova. Ele disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te a terra de Mona, e oferece-o ai em holocausto sobre um monte que eu te indicar.” Antes que Abraão sacrificasse seu único filho, um Anjo do Senhor lhe disse; “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. E ainda lhe disse: “Juro por mim mesmo, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. Com esse extremo gesto de fé, Abraão mereceu o título de “Pai da Fé”, pois não hesitou a sacrificar seu bem mais precioso – o próprio filho – para obedecer ao Senhor Deus.
Com o Salmista, irmãos e irmãs, vamos na presença de Deus, junto a Ele na terra dos vivos. Guardemos a nossa fé, mesmo dizendo: “É demais o sofrimento em minha vida!” O Senhor nosso Deus sente por demais a nossa morte e o nosso sofrimento, pois somos seus “amigos”. Nós somos os servos do Senhor, mas Ele nos quebrou os grilhões da escravidão, transformando-nos em seus filhos. Por isso ofereçamos ao Senhor um sacrifício de louvor, invocando o seu nome santo. Cumpramos nossas promessas ao Senhor, diante de seu altar, na presença de seu povo reunido em nome de Jesus, seu Filho unigênito.
Irmãos, na leitura da Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos adverte que se Deus é por nos, quem será contra nos? Deus que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nos, como não nos daria tudo junto com Ele? Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? Quem nos condenará? Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou esta a direita de Deus, intercedendo por nos.
Irmãos, no Evangelho segundo Marcos, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles: apareceu-lhe Elias – que representa os Profetas – e Moisés – que representa a Lei. Da nuvem milagrosa saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que Ele diz! “Descendo a montanha Jesus lhes ordenou severamente de não contarem a ninguém o que ouviram e viram, até que Ele ressuscitasse dos mortos.
Nesta liturgia dominical, a caminho da paixão, morte e ressurreição de Jesus, também nós somos convidados a nos colocarmos na presença do Senhor com o coração disposto a imitar a fortaleza de Abraão, oferecendo-lhe todo o nosso ser; tendo a certeza que o Senhor é por nós, portanto, não temos o que temer: sua misericórdia supera a imensidão de nossos pecados.
Ao professarmos, hoje, que Jesus é o Filho amado do Pai, nós preparamos nossos corações através da oração, do jejum e da penitência para trilharmos o caminho quaresmal rumo ao Calvário do Senhor: é no alto da cruz de Jesus ensanguentado que nossas dores e angustias adquirem sentido e ganham valor.
Ofereçamos nossas misérias físicas e espirituais ao Pai, unindo nossa “cruz” de cada dia à Cruz do Senhor, para que possamos gozar com Ele da sua ressurreição e glória.
Amém!

Por Professor José Fad
Reflexão retirada de Revista Ecclesia, Ano 2, nº 7
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