Cor Roxa
1ª leitura: Gn 22,2-18
Salmo: Sl 116
2ª leitura: Rm 8,31b-34
1ª LEITURA – Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles
dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E
ele respondeu: “Aqui estou”.
2E
Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra
de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
9Chegados
ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima,
amarrou o filho e o pôs sobre a lenha, em cima do altar.10Depois,
estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho.
11E
eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!”
Ele respondeu: “Aqui estou”.
Ele respondeu: “Aqui estou”.
12E
o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum
mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.
13Abraão,
erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi
buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
15O
anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu,
16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único,
17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos.
16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único,
17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos.
18Por
tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me
obedeceste”.
SALMO RESPONSORIAL
— Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos
vivos!
— Guardei a minha fé, mesmo dizendo:/ “É demais o
sofrimento em minha vida!”/ É sentida por demais pelo Senhor/ a morte de seus
santos, seus amigos.
— Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,/ vosso servo
que nasceu de vossa serva;/ mas me quebrastes os grilhões da escravidão!/ Por
isso oferto um sacrifício de louvor,/ invocando o nome santo do Senhor.
— Vou cumprir minhas promessas ao Senhor/ na
presença de seu povo reunido;/ nos átrios da casa do Senhor,/ em teu meio, ó
cidade de Sião!
2ª LEITURA – Leitura da Primeira Carta
de São Paulo aos Romanos
Irmãos: 31bSe
Deus é por nós, quem será contra nós?
32Deus,
que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos
daria tudo junto com ele?
33Quem
acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem
condenará? Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou, e está à
direita de Deus, intercedendo por nós?
EVANGELHO – Evangelho de Jesus Cristo,
segundo Marcos
Naquele
tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou
sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante
deles.
3Suas
roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra
poderia alvejar.
4Apareceram-lhe
Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.
5Então
Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos
fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
6Pedro
não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo.
7Então
desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é
o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”
8E,
de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus
com eles.
9Ao
descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham
visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos.
10Eles
observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar
dos mortos”.
“Este
é o meu Filho amado”
Irmãos
e irmãs, neste segundo Domingo da Quaresma, na leitura do Livro do Genesis,
Deus pôs Abraão à prova. Ele disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto
amas, dirige-te a terra de Mona, e oferece-o ai em holocausto sobre um monte
que eu te indicar.” Antes que Abraão sacrificasse seu único filho, um Anjo do
Senhor lhe disse; “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal!
Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. E ainda lhe
disse: “Juro por mim mesmo, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu
filho único, eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as
estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão
as cidades dos inimigos. Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da
terra, porque me obedeceste”. Com esse extremo gesto de fé, Abraão mereceu o título
de “Pai da Fé”, pois não hesitou a sacrificar seu bem mais precioso – o próprio
filho – para obedecer ao Senhor Deus.
Com
o Salmista, irmãos e irmãs, vamos na presença de Deus, junto a Ele na terra dos
vivos. Guardemos a nossa fé, mesmo dizendo: “É demais o sofrimento em minha
vida!” O Senhor nosso Deus sente por demais a nossa morte e o nosso sofrimento,
pois somos seus “amigos”. Nós somos os servos do Senhor, mas Ele nos quebrou os
grilhões da escravidão, transformando-nos em seus filhos. Por isso ofereçamos
ao Senhor um sacrifício de louvor, invocando o seu nome santo. Cumpramos nossas
promessas ao Senhor, diante de seu altar, na presença de seu povo reunido em nome
de Jesus, seu Filho unigênito.
Irmãos,
na leitura da Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos adverte que se Deus é por
nos, quem será contra nos? Deus que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou
por todos nos, como não nos daria tudo junto com Ele? Quem acusará os escolhidos
de Deus? Deus, que os declara justos? Quem nos condenará? Jesus Cristo, que
morreu e ressuscitou esta a direita de Deus, intercedendo por nos.
Irmãos,
no Evangelho segundo Marcos, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou
sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante
deles: apareceu-lhe Elias – que representa os Profetas – e Moisés – que representa
a Lei. Da nuvem milagrosa saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado.
Escutai o que Ele diz! “Descendo a montanha Jesus lhes ordenou severamente de não
contarem a ninguém o que ouviram e viram, até que Ele ressuscitasse dos mortos.
Nesta
liturgia dominical, a caminho da paixão, morte e ressurreição de Jesus, também
nós somos convidados a nos colocarmos na presença do Senhor com o coração
disposto a imitar a fortaleza de Abraão, oferecendo-lhe todo o nosso ser; tendo
a certeza que o Senhor é por nós, portanto, não temos o que temer: sua misericórdia
supera a imensidão de nossos pecados.
Ao
professarmos, hoje, que Jesus é o Filho amado do Pai, nós preparamos nossos corações
através da oração, do jejum e da penitência para trilharmos o caminho quaresmal
rumo ao Calvário do Senhor: é no alto da cruz de Jesus ensanguentado que nossas
dores e angustias adquirem sentido e ganham valor.
Ofereçamos
nossas misérias físicas e espirituais ao Pai, unindo nossa “cruz” de cada dia à
Cruz do Senhor, para que possamos gozar com Ele da sua ressurreição e glória.
Amém!
Por
Professor José Fad
Reflexão
retirada de Revista Ecclesia, Ano 2, nº 7