domingo, 3 de março de 2013

A esterilidade do mundo e o protagonismo dos jovens (Lc 13, 1-9)

Jesus ao contar esta parábola da “figueira estéril”, esta chamando a atenção de todos a sua volta sobre a importância da conversão na vida, nesta citação o Mestre “que desbloquear a atitude de indiferença dos que os escutavam, sem responder de maneira prática ao seu chamado” (PAGOLA, 2012, p.226).
Esta parábola questiona a nossa maneira de estar no mundo. Expostos a viver uma vida estéril, quando vamos a cada dia reduzindo a vida ao que nos parece ser o melhor para nós, vivendo de forma egoísta. Principalmente quando dizemos que, o importante nesta vida consiste em “ganhar dinheiro”, “não ter problemas”, “Comprar coisas”, “saber divertir-nos...”. “Passados alguns anos poderemos encontrar-nos vivendo sem outro horizonte e sem outro projeto. Vivendo uma vida onde a única razão consiste e sentir-nos bem” ou como canta o Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu”, ou melhor: “vou levando a vida!” expressão muito comum entre nós. Corremos o risco de “Confundirmos o valioso com o útil, o bom com o que nos satisfaz a felicidade com o bem estar. Sabemos que isso não é tudo, mas procuramos nos convencer de que nos basta. Que sentido tem viver ocupando um lugar no conjunto da criação, se nossa vida não contribui para construir um mundo melhor?” (PAGOLA 2012, p. 227).

O jovem na Igreja e a Igreja com eles precisam ser protagonistas de um mundo novo. Este protagonismo segundo costa é: “A participação dos jovens em atividades que extrapola os âmbitos de seus interesses individuais e familiares e que podem ter como espaço a escola, os diversos âmbitos da vida comunitária; igrejas, clubes, associações e até mesmo a sociedade em sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno sócio- comunitário ”(COSTA, 1996, p.90).
Com este parecer, a missão do jovem e da Igreja é tornar este mundo um pouco mais humano, não desperdiçando a vida, mas cultivando-a, para que todos a tenham em plenitude.
Cuidar deste mundo, como o “Vinhateiro” cuida da figueira, é da oportunidade para que este mundo dê muitos frutos, sabemos que depois de vinte séculos de história de cristianismo, Deus com toda a sua paciência, espera de nós cristãos, um mundo mais humano, mais fraterno e mais cuidado pela prática da nossa CONVERSÃO. 
Concluindo, o protagonista no teatro é aquele que tem o papel principal. Jovens e Igreja, somos protagonistas de uma “nova civilização do amor”. Diante de tanta esterilidade do mundo somos convidados a dar os frutos a Deus no tempo oportuno. Cuidemos daqueles que Deus nos confia nesta CF 2013, Os jovens no/do mundo.

Padre Clayton Nogueira

Fonte de pesquisa: PAGOLA, J. S. O Caminho Aberto Por Jesus: Lucas / Jose Antonio Pagola; Tradução de Gentil Avelino Titton. – Petropólis, RJ: Vozes, 2012
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