“Haverá
no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove
justos que não precisam de conversão.” (Lc 15, 7).
Estamos no Mês da Bíblia. O que mais transparece nos
livros da Sagrada Escritura é o amor de Deus para conosco, manifestada em
atitudes de misericórdia, de perdão, de reconciliação. O capítulo 15 do
Evangelho de São Lucas, hoje proclamado, ocupa o ponto central de sua
narrativa. E fala justamente da misericórdia e do perdão, expressos nas
atitudes do pastor que vai atrás de uma ovelha perdida, da mulher que sai à
procura de uma moeda perdida e do pai que acolhe o filho arrependido. A postura
de Jesus Cristo no enfrentamento com os Fariseus acontecia sempre neste nível:
Ele desejava mostrar o amor de Deus Pai que perdoa os pecadores, que vai ao
encontro dos perdidos, que dá uma nova chance àquele que se arrepende e volta
para casa. A centralidade da vida de Jesus era assim o amor. Os Fariseus eram
por demais legalistas e não tinham um coração capaz de entender estas atitudes
e posturas de Jesus.
Em nossa escola de vida cristã no seguimento a Jesus
Cristo temos também muitas oportunidades de viver e entender a manifestação do
amor de Deus para conosco. Seja que experimentamos em nós mesmos a graça da
volta e da reconciliação com Deus pela graça do perdão de nossos pecados no
Sacramento da Confissão, seja que praticamos em gestos concretos esta atitude
de Deus. O perdão que oferecemos a quem nos ofende. A compreensão de um pai que
acolhe um filho ou uma filha que se afasta da vida da família. Na medida em que
somos perdoados, temos mais condições de também perdoar a outras pessoas.
O lema do Mês da Bíblia é tirado da passagem deste
capitulo do Evangelho de São Lucas: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava
perdido”. (Lc 15, 24).Numa decisão que poderá determinar muito nosso ser
discípulo de Jesus, poderíamos nesta semana procurar alguma pessoa do nosso
relacionamento que talvez esteja distante do caminho do amor de Deus.
Manifestar para com esta pessoa uma atitude de acolhida e de convite a voltar à
vida da graça.
D.
Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano
Fonte: www.diocesedesaojoaodelrei.com.br
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