“Havia
um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas
esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, estava no chão, à porta do
rico”. (Lc 16, 19-20).
No discipulado de Jesus Cristo as parábolas são para nos
ensinar e para nos levar a um compromisso de mudanças em atitudes que estejam
erradas em nós. Neste domingo São Lucas narra a história do pobre Lázaro e
do
homem rico e avarento. A lição de Jesus a partir desta história é profundamente
significativa para nós hoje também. Enquanto o rico esbanja seu dinheiro com
muitas festas e banquetes, Lázaro passa necessidade, sentado à porta da casa do
rico. Morrem ambos. Lázaro é acolhido pelo pai Abraão para a recompensa eterna.
O rico vai para o castigo eterno. A pobreza e a humilhação de Lázaro lhe
valeram a justiça de Deus. A condenação ao sofrimento eterno do rico igualmente
correspondeu àquilo que não soube praticar enquanto estava vivo. Não fez o bem!
Tendo bens, devemos sempre praticar a justiça. É o
projeto de Deus: que todos possam ter uma vida digna! No entanto, sabemos que a
pessoa que é rica, avarenta, infelizmente se torna de olhos e coração fechados
na prática do bem. Quem vive para o dinheiro, torna-se duro, isolado, com
receio de ser roubado ou molestado pelos mais pobres. Nosso mundo de hoje é
excessivamente apelativo para o consumismo. Vale mais aquele que tem mais.
Devemos cuidar para que os pobres não continuem morrendo
nas portas de nossas casas. Há muito esperdício em nossas mesas enquanto muitos
não têm com que se alimentar. Os contrastes são grandes. E para o
discípulo-missionário que deseja ter uma vida conseqüente com aquilo que
aprende de Jesus, será sempre necessário estar aberto à partilha, à
solidariedade e à luta por um mundo mais justo e fraterno.
D. Célio de Oliveira
Goulart – Bispo Diocesano.
Fonte: http://www.diocesedesaojoaodelrei.com.br
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