Sob garoa, o Pontífice fez o giro da Praça de
papamóvel para receber e retribuir o carinho dos fiéis. Prosseguindo suas
reflexões sobre os Sacramentos, o Pontífice dedicou sua catequese ao Sacramento
da Ordem. A Ordem, explicou Francisco, é o Sacramento que habilita ao exercício
do ministério confiado por Jesus aos Apóstolos de apascentar com amor o seu
rebanho, compreendendo três graus: episcopado, presbiterado e diaconato. Nesse
sentido, os ministros que são escolhidos e consagrados para este serviço
prolongam no tempo a presença e a ação do único verdadeiro Mestre e Pastor, que
é Cristo.
Na verdade, o ministro ordenado é posto à
frente da comunidade, mas este ato deve ser entendido como serviço: “Quem no
meio de vós quiser ser o primeiro – ensinou Jesus – seja vosso servo”: Em
virtude da Ordem, o ministro dedica-se inteiramente à própria comunidade e
ama-a com todo o seu coração: é a sua família. O bispo, o sacerdote amam a
Igreja em suas comunidades e a amam fortemente. Como? Como Cristo ama a Igreja.
O mesmo dirá S. Paulo do matrimônio: o esposo ama sua esposa, assim como Cristo
ama a Igreja. É um mistério grande de amor. Os dois sacramentos, do ministério
e do matrimônio, são o caminho pelo qual as pessoas habitualmente vão ao
Senhor.
Por isso, o apóstolo Paulo recomenda ao seu
discípulo Timóteo que não se canse de reavivar o dom que está nele, recebido
pela imposição das mãos. Quando não se alimenta o ministério com a oração e
também com o Sacramento da Penitência – advertiu o Pontífice – acaba-se por
perder de vista, inevitavelmente, o sentido autêntico do próprio serviço:
O Bispo ou o sacerdote que não reza, que não
ouve a Palavra de Deus, que não celebra todos os dias, que não se confessa
regularmente, acaba por perder a união com Jesus e se torna uma mediocridade
que não faz bem à Igreja. Por isso, devemos ajudar os bispos, os sacerdotes
nesta direção, disse o Papa, que concluiu dirigindo-se aos que querem se tornar
sacerdotes:
Não se vendem bilhetes de entrada. Trata-se
de uma iniciativa que toma o Senhor. O Senhor chama, chama cada um que quer que
se torne sacerdote. (…) Quem sentiu a vontade de se tornar sacerdote, de servir
os outros, de estar toda a vida a serviço para catequizar, batizar, perdoar,
celebrar a Eucaristia, cuidar dos doentes… Se algum de vocês sentiu isso no
coração, foi Jesus quem colocou. Cultivem este convite e rezem para que ele
cresça e dê o fruto em toda a Igreja.
Fonte: Site Rádio Vaticano
www.rs21.com.br
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